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Seg, 11 Fev 2019 16:26:00 -0200
CNPq leva projeto de meninas nas ciências a mais de 300 escolas
Promover o acesso e a participação de mulheres e meninas na ciência. Esse é objetivo que motivou Unesco e ONU Mulheres a instituir o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, em 11 de fevereiro. Esse propósito é o mesmo que norteia 78 projetos que levarão o fazer e o pensar científico a meninas de 370 escolas públicas brasileiras da Educação Básica com apoio do CNPq.Promover o acesso e a participação de mulheres e meninas na ciência. Esse é objetivo que motivou a Unesco e ONU Mulheres a instituir, em 2015, o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado a cada ano em 11 de fevereiro. Esse propósito é o mesmo que norteia 78 projetos que levarão, a partir deste ano, o fazer e o pensar científico a meninas de 370 escolas públicas brasileiras da Educação Básica.
As estudantes participantes desses projetos terão a oportunidade de acompanhar pesquisas, conhecer laboratórios e refletir sobre a questão de gênero na ciência por meio das propostas aprovadas pela Chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que selecionou os projetos de estímulo à inserção de meninas nas ciências exatas, engenharias e computação.
A chamada apoiou projetos que envolvessem até cinco escolas públicas do Ensino Fundamental II e Ensino Médio. O investimento total de R$ 6 milhões, recursos do CNPq, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Educação (MEC), abrange todas as regiões do país e diversas áreas do conhecimento, desde ações de capacitação em tecnologias digitais com foco na prevenção da violência contra a mulher; pesquisas em matemática, aproveitamento de plantas e resíduos agroindustriais, astronomia e reflexões sobre estereótipos; até a capacitação de professores.
Segundo a Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Adriana Tonini, essa iniciativa é um projeto de Estado que visa atingir a paridade entre homens e mulheres no que diz respeito a C,T&I. "Considerando, por um lado, os dados que apontam uma menor participação das mulheres em algumas áreas da ciência e, por outro, a necessidade de incentivar crianças e jovens para as carreiras científicas, acredito que o Estado brasileiro tem o papel de fomentar ações que abram oportunidades para que as meninas possam ter contato com a ciência, tecnologia e inovação desde os ciclos mais básicos da educação e que, uma vez escolhida essa carreira, tenham condições de prosseguir e de alcançar suas posições de maior prestígio - como, por exemplo, as bolsas de produtividade do CNPq", afirma.
Inserção e capacitação
Um dos projetos aprovados pela chamada é o coordenado pela pesquisadora Angela Klautau, professora no Centro de Ciências Exatas e Naturais na Universidade Federal do Pará (UFPA) e bolsista em produtividade e pesquisa do CNPq, intitulado "Meninas Amazônidas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação". "O objetivo é inserir as alunas de escolas públicas do Pará, nas atividades do grupo de pesquisa que eu coordeno na UFPA e também de outros grupos de pesquisa da Física da UFPA, via as dinâmicas dos projetos de extensão voltados à divulgação científica que existem na UFPA", explicou Angela. Além das atividades de formação, como mini-cursos na área de informática para o desenvolvimento de aplicativos, por exemplo, também acontecerão visitas técnicas das estudantes e professoras do ensino básico a alguns laboratórios da UFPA, possibilitando a interação com equipamentos sofisticados de investigação, em particular relacionados à nanociência. Sobre o estímulo às meninas na ciência, a pesquisadora ressalta que "toda criança (menino ou menina) é um cientista em potencial". Angela lembra que não há nenhum indício científico que indique que há correlação da capacidade cognitiva de um indivíduo com o seu sexo de nascimento "isto é, a racionalidade não é um atributo masculino", aponta. Segundo ela, o menor número de mulheres na ciência, em particular nas ciências exatas, está relacionado ao não estimulo da sociedade para que as mulheres sigam esta carreira.
Mudança de paradigma
Para a professora Giorgia Mattos, doutora em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisadora do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o estímulo às meninas nas ciências passa pelo trabalho de mudança de paradigma. "Em geral as meninas sentem-se incapazes ou desconfortáveis em lidar com artefatos tecnológicos, o que tem consequências diretas sobre as suas escolhas profissionais. Nós promovemos atividades práticas que causem uma mudança de paradigma na mente destas alunas, colocando-as diretamente em contato com a tecnologia através de ações de curta duração", explica, Giorgia, apontando parte do trabalho que realiza no projeto contemplado pela Chamada do CNPq e que vem sendo apoiado pela instituição desde a chamada anterior, de 2013. "O estabelecimento do projeto com a chancela do CNPq foi fundamental para consolidarmos as ações de incentivo. Iniciamos com apenas uma escola pública de ensino médio na cidade de João Pessoa e hoje contamos com cinco escolas distribuídas tanto na capital como nos municípios de Bananeiras (a 135 km da capital) e Itambé, já na divisa com Pernambuco (a 60 km da capital)", completa a pesquisadora.
Energia e Meio Ambiente
Coordenadora de projeto que pesquisa a extração, caracterização e aproveitamento de plantas e resíduos agroindustriais da região nordeste, Lisiane dos Santos ressalta que construir o projeto "Energia e Meio Ambiente: Um Estímulo para a inserção de meninas, jovens e adolescentes nas áreas de Ciências Exatas e Engenharias", apoiado pelo CNPq, "propiciou reunir um conjunto de profissionais de alto nível de diferentes linhas de conhecimento, dentro das áreas de Ciências Exatas e Engenharias, para discutir a formação e inserção de meninas, jovens e adolescentes nestas áreas". Professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e bolsista PQ do CNPq, Lisiane acredita que "através da inserção de novas ferramentas nos temas de energia e meio ambiente, será possível mostrar a beleza do cotidiano nas disciplinas de exatas do ensino médio e fundamental". Ela acredita, ainda, que a presença de alunos do ensino fundamental e médio, de escolas em diferentes graus de amadurecimento e condições financeiras, nas universidades e centros tecnológicos aproxima a ciência da comunidade. "O estímulo de apresentar as pesquisas realizadas por mulheres neste meio tende a abrir novos horizontes e propiciar oportunidades para a inserção de meninas e jovens pesquisadoras nestas áreas de estudo", finaliza.
Meninas na Matemática
Despertar o interesse de meninas para a matemática e áreas afins é o objetivo do projeto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), coordenado pela professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Letícia Rangel. Letícia pontua que a mulher tem sido importante para o desenvolvimento da ciência ao longo da história e cita exemplos como: Hipátia de Alexandria, Maria Gaetana Agnesi, Sophie Germain, Maria Laura Mouzinho Leite Lopes e Maryam Mirzakhani. Para ela, os desafios são para ampliar e legitimar essa participação, incentivando e garantindo a representatividade feminina. "É fato que ainda há muito a avançar nesse sentido. Estamos aprendendo. No entanto, acredito que o passo mais importante, que é dar luz à questão, está sendo dado", afirma.
Programa Mulher e Ciência
A Chamada "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação" é uma ação do Programa Mulher e Ciência, criado em 2005, resultado da parceria com outros órgãos. "O Programa foi estruturado a partir da articulação da Secretaria de Políticas para as Mulheres e idealizado a partir do conhecimento dos dados do CNPq sobre a participação das mulheres nas ciências. Foi uma construção conjunta entre os parceiros do Programa e a colaboração de inúmeras entidades científicas", lembra a analista em ciência e tecnologia do CNPq, Maria Lúcia Santana Braga, que acompanha o programa desde sua concepção.
O objetivo do programa é fomentar a participação de meninas e mulheres nas ciências e tecnologias e tem contado várias ações ao longo do tempo tais como: Encontros Pensando Gênero e Ciências, Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, Chamada de Apoio à pesquisa sobre mulheres, gênero e feminismos e Chamadas para atração e permanência de jovens e meninas nas Exatas, Engenharias e Computação.
Além disso, o CNPq tem promovido projetos de divulgação sobre mulheres na ciência: Pioneiras na Ciência, Jovens Pesquisadoras, dentre outros. O CNPq também já tomou medidas de equidade: prorrogação da bolsa em caso de parto ou adoção para algumas modalidades.
A diretora do CNPq, Adriana Tonini, ressalta que as diversas ações executadas pelo CNPq no âmbito do Programa Mulher e Ciência atuam em várias frentes: estimular meninas para atuarem na área de ciência, tecnologia e inovação (por meio da Chamada pública); garantir condições para que as mulheres não tenham prejuízos em seu percurso acadêmico em função de especificidades de sua trajetória (concessão de prorrogação-parturiente); bem como dar visibilidade à trajetória de mulheres que se destacaram em suas áreas de atuação e que servem de exemplos para outras meninas e mulheres (projeto Pioneiras da Ciência).
"O Programa Mulher e Ciência foi uma iniciativa pioneira e contribuiu para a inserção da pauta de gênero na política científica. Desde então o programa tem tido um efeito multiplicador no sentido de inspirar ações sobre o tema dentro e fora do governo federal", ressalta Betina Stefanello, também do CNPq, à frente de algumas dessas iniciativas.
Outras notícias
Bolsistas do CNPq traduzem Código Internacional de Nomenclatura
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Sex, 07 Dez 2018 15:05:00 -0200
Bolsistas do CNPq traduzem Código Internacional de Nomenclatura
A tradução oficial do livro O Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas, autorizada pala International Association for Plant Taxonomy (IAPT), foi feita por pesquisadores Bolsistas de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Carlos Bicudo, Jefferson Prado e a bolsista de Pós-doutorado Júnior, Regina Hirai, todos pesquisadores do Instituto de Botânica (IBt), foram responsável pela elaboração da obra em português. A tradução foi lançada em novembro.
O Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas é um livro que contém as regras para criação e modificação dos nomes dos organismos mencionados no título do Código. Essas regras são seguidas por toda comunidade cientifica internacional que trabalha com Taxonomia. Jefferson Prado explica que essas regras são usadas, por exemplo, quando um pesquisador descobre uma espécie nova para a ciência, uma espécie não descrita ainda. "Nesse caso, é necessário seguir algumas regras no momento de publicação do nome da espécie", pontua.
Carlos Bicudo, Regina Hirai e Jefferson Prado com o Código que traduziram
Jefferson é, ainda, um dos autores das três últimas edições do Código original, publicado em inglês. "Por ser um dos autores do original, tenho a permissão de elaborar a tradução para o português. Esta permissão é concedida pela IAPT, que é o órgão responsável pela publicação do Código", explicou.
Esta é a quarta vez que o Código foi traduzido para o Português, todas com a participação de Jefferson Prado e Carlos Bicudo. Jefferson conta que o Código é modificado a cada seis anos, por ocasião do Congresso Internacional de Botânica. O último Congresso foi realizado em Shenzhen (China), em 2017, e a nova versão do Código, base para a tradução atual, foi publicada em junho deste ano. "Desta vez publicamos a tradução para o português no mesmo ano", comemora o pesquisador.
Jefferson Prado atua na área de nomenclatura, ministrando uma disciplina sobre o Código em cursos de Pós-graduação em todo o Brasil e no exterior. Sua pesquisa trata da Taxonomia, Filogenia, evolução das Samambaias e Licófitas em geral.
A versão original em inglês está disponível na página da IAPT, no link abaixo: https://www.iapt-taxon.org/nomen/main.php e a versão em português também será disponibilizada, em cerca de dois meses. Por enquanto, a publicação está à venda.
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Ter, 15 Mai 2018 08:57:00 -0300
CNPq e Rússia reforçam parceria em CT&I
A parceria entre Brasil e Rússia foi reforçada nessa segunda-feira, 14, com a assinatura de Memorando de Entendimentos entre o CNPq e a Agência Russa de Pesquisa Básica - RFBR. A celebração do acordo aconteceu durante a participação do presidente do CNPq, Mario Neto Borges, na 7a Reunião Anual do GRS - Global Research Council, na capital russa, Moscou.A parceria entre Brasil e Rússia foi reforçada nessa segunda-feira, 14, com a assinatura de Memorando de Entendimentos entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Agência Russa de Pesquisa Básica - RFBR.
A celebração do acordo aconteceu durante a participação do presidente do CNPq, Mario Neto Borges, na 7a Reunião Anual do GRS - Global Research Council, na capital russa, Moscou.
Presidente do CNPq,Mario Neto Borge, e o Presidente do RFBR, Vladslav Panchenko
"O CNPq e a RFBR são as agências financiadoras das chamadas dos BRICS e o acorda dará mais impulso às parcerias promovidas por esse bloco", afirmou Mario Neto.
O CNPq já lançou duas chamadas no âmbito dos BRICS (bloco de cooperação formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A primeira, em 2016, ofereceu R$ 1,2 milhões para projetos das áreas temáticas voltadas para pesquisas em Recursos Hídricos e Tratamento da Poluição; Tecnologia Geoespacial e suas aplicações; Energias Novas e Renováveis e Eficiência Energética; Biotecnologia e Biomedicina incluindo Saúde Humana e Neurociências; Tecnologias de Informação e Computação de alta performance; e Ciência e Tecnologia Oceânica e Polar. Ao todo, foram apoiadas sete propostas.
Em outubro de 2017, uma segunda chamada foi lançada e as propostas estão sendo avaliadas. A previsão de fomento nessa nova seleção é de R$ 1,85 milhões.
Coordenação de Comunicação Social do CNPq
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