Notícias
-
Qua, 27 Nov 2019 18:53:00 -0200
MCTIC lança o Programa Ciência no Mar
O programa tem como objetivos o enfrentamento imediato do derramamento de óleo na costa brasileira e outras iniciativas para gerar conhecimento e soluções para nossos mares e áreas costeiras e contará com pesquisas dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) lançou nesta quarta-feira (27) o Programa Ciência no Mar MCTIC, que tem como objetivos o enfrentamento imediato do derramamento de óleo na costa brasileira e outras iniciativas para gerar conhecimento e soluções para nossos mares e áreas costeiras. "É necessária uma resposta rápida, com um trabalho baseado em dados científicos", afirmou o ministro Marcos Pontes, durante a cerimônia de lançamento do programa.
O Ciência no Mar MCTIC está centrado em três ações de curto, médio e longo prazos para produção de pesquisa, projetos e soluções tecnológicas para as demandas imediatas e também preventivas relacionadas ao mar. O trabalho terá como foco de atuação quatro áreas prioritárias: segurança alimentar; balneabilidade e impactos na saúde da população; impactos sobre ecossistema e controle e remediação.
A primeira fase do programa, mais emergencial e de curto prazo, deverá contar com cerca de R$ 8 milhões em recursos. De imediato, um levantamento será feito para avaliar a extensão dos danos e as necessidades mais urgentes relacionadas ao aparecimento de óleo nas praias brasileiras.
Essa medida inicial vai aproveitar projetos já em andamento, soluções existentes e a experiência da comunidade científica, além de encomendar novos estudos e projeto, para combater os problemas provocados pelo desastre ambiental. Para isso, foram convidados sete institutos que atuam em áreas afins à questão dos oceanos no âmbito do Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com o MCTIC.
Os INCTs Análises Avançadas; Energia e Meio Ambiente; Geofísica do Petróleo; TeraNano e aqueles que formam o Grupo Mar (AmbTropi, Oceanos e Mar COI) elaborarão um plano de trabalho para contribuir com o enfrentamento emergencial do derramamento de óleo no litoral do Nordeste. "Os INCTs são redes já estabelecidas, com competência comprovada para dar pronta resposta a questões urgentes, como pudemos ver na questão da epidemia da Zika, quando foi feito esforço parecido junto aos INCTs para buscar soluções emergenciais", explica o presidente do CNPq, João Luiz Azevedo.
Cerimônia de lançamento do Programa. Da esquerda para a direita: O diretor do Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, almirante de esquadra Marcos Olsen; o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales; o ministro Marcos Pontes; o presidente do CNPq, João Luiz de Azevedo e a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti. Foto: Roberto Hilário/CNPq
O segundo projeto, de médio prazo, será a chamada pública programada para o início de 2020. A chamada será realizada em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e contará com cerca de R$ 20 milhões. Um edital definirá a construção de um plano articulado para as áreas prioritárias entre o MCTIC e outros parceiros, como Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) e outros ministérios. Essa cooperação científica buscará prevenir e combater outros desastres desta natureza que possam ocorrer.
INPO
A terceira ação será a reformulação do Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) como organização social até o fim de 2020. ¿Em um país com um litoral tão extenso como o Brasil, esse instituto é essencial¿, ressaltou o ministro Marcos Pontes. A expectativa é de que o INPO conte com um orçamento inicial de cerca de R$ 20 milhões por ano. A nova organização social vai centralizar todas as pesquisas do segmento, laboratórios e navios, responsáveis pelo monitoramento da costa do País, que tem mais 7.300 quilômetros.
Todo o Programa Ciência no Mar MCTIC foi desenvolvido em articulação com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação da Marinha (GAA) e com participação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). ¿Esse programa demonstra a capacidade de ação conjunta entre o ministério, outros órgãos e entidades científicas para obter resultados de impacto nacional, para o país¿, destacou o ministro Marcos Pontes.
A cerimônia de anúncio do Ciência no Mar MCTIC contou com a participação do presidente do CNPq, João Luiz Azevedo; do presidente da Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Evaldo Vilela; do diretor do Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, almirante de esquadra Marcos Olsen; do secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales; e da diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Camile Sachetti.
As ações e resultados do Programa Ciência no Mar MCTIC poderão ser consultados no site www.ciencianomar.mctic.gov.br, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), uma unidade de pesquisa do MCTIC. Já está disponível no site, entre outras informações, um mapa interativo que apresenta o impacto do derramamento de óleo no litoral brasileiro.
Com informações da Ascom/MCTIC
-
Sex, 22 Nov 2019 13:58:00 -0200
Seminário reúne 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia
Coordenadores e membros dos 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) estiveram reunidos esta semana, em Brasília (DF), para apresentar os resultados dos seus projetos. Eles participaram do 3º Seminário de Avaliação dos INCTs, realizado pelo CNPq, em parceria com o MCTIC e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).Controle de pragas, melhoramento genético do café e de citros, impactos da poluição do ar e da água; polinização; sequestro de carbono; produção e uso de biocombustíveis; otimização da exploração e produção de petróleo, gás e carvão mineral; eficiência energética e sustentabilidade em edificações; óptica focada em promover soluções para problemas de saúde e melhorias na agricultura; déficits de aprendizagem; análises das realidades brasileiras, contribuindo para a criação de políticas públicas; sensores para diagnósticos a baixo custo de doenças; prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças crônicas não transmissíveis; desenvolvimento de fármacos, biofármacos, imunobiológicos, kits para diagnósticos, etc; estudos sobre doenças tropicais negligenciadas.
Essas são apenas algumas das linhas de pesquisas desenvolvidas pelos 105 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, os INCTs, programa estratégico do Governo Federal coordenado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Para acompanhar e avaliar o andamento de todos esses estudos, os coordenadores e membros desses institutos estiveram reunidos esta semana, em Brasília (DF), para apresentar os resultados dos seus projetos. Eles participaram do 3º Seminário de Avaliação dos INCTs, realizado pelo CNPq, em parceria com o MCTIC e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Presidente do CNPq fala durante abertura do evento. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
O seminário, que aconteceu entre os dias 19 e 21 de novembro, teve como objetivo avaliar a execução dos projetos e dos seus resultados, possibilitando conhecer e divulgar os conhecimentos, as tecnologias e as inovações decorrentes do desenvolvimento das ações que o CNPq financia no âmbito do Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia.
Durante o evento, o presidente do conselho, João Luiz Azevedo, destacou que os institutos têm a capacidade de apresentar respostas rápidas a diversas demandas da sociedade. Azevedo lembrou o caso do Zika Virus, cuja epidemia foi objeto de pesquisas realizadas por INCTs que levaram a diagnósticos precisos para que o país pudesse enfrentar o problema com eficiência. E anunciou a criação de uma articulação recém estabelecida entre CNPq, MCTIC e INCTs para estudar o derramamento de petróleo no litoral brasileiro e apresentar soluções imediatas.
Por fim, o presidente do CNPq reforçou a importância do Seminário "que tem o objetivo não só de acompanhar e avaliar os nossos INCTS, mas também de dar transparência ao uso dos investimentos públicos em ciência e tecnologia e inovação permitindo o monitoramento de como esses recursos estão sendo usados por parte da sociedade", afirmou.
A diretora do CGEE, Regina Silverio, lembrou que o Centro contribui com a avaliação do programa dos INCTs como um todo. De acordo com ela, a ideia é apresentar ao público os resultados e fazer um aprimoramento da avaliação dessa iniciativa. "Nós fizemos no ano passado um estudo exploratório para avaliar o quanto o programa tem de potencial de inovação. Vimos que a interação dos institutos com as empresas e startups é bastante promissora", disse.
Na ocasião, o secretário de Políticas para a Formação e Ações Estratégicas do MCTIC, Marcelo Morales, ressaltou a necessidade de se comunicar a importância da ciência para a solução dos problemas nacionais. "A economia hoje é baseada no conhecimento. É extremamente importante dar essa mensagem. A ciência brasileira é que vai colocar o país no patamar de economia de nações desenvolvidas", afirmou.
Foi um evento estratégico para o Programa por ser uma oportunidade de se identificar os avanços alcançados pelos INCT, além de permitir que se visualizem oportunidades de aprimoramento e de eventuais ajustes de metas e/ou cronogramas. Além disso, em ação conjunta entre CNPq, FINEP e SEBRAE, foram promovidos encontros dos coordenadores dos INCTs com setor empresarial e órgãos governamentais no intuito de prospectar futuras parcerias para criação de produtos ou serviços resultantes das pesquisas realizadas, ações de aprimoramento de políticas públicas a partir do conhecimento gerado, entre outras iniciativas.
Apresentação de projetos dos INCTs na salas temáticas do Seminário. Foto: Roberto Hilário/CNPq
Confira o álbum de fotos completo do evento https://flic.kr/s/aHsmJwT1re
Audiência Pública
Na manhã da quinta-feira, 21, o financiamento dos INCTs foi tema de audiência pública na Frente Parlamentar Mista de Ciência Tecnologia Pesquisa e Inovação, no Senado Federal, que contou com a participação do CNPq, representantes da comunidade científica e coordenadores dos INCTs, além dos parlamentares.
A audiência contou com a presença do presidente do CNPq, do Senador Izalci Lucas, do Deputado Vitor Lippi, do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ildeu de Castro, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, do presidente da ABIPT, Paulo Foina, do Prof. Vanderlei Bagnato da Universidade Federal de São Paulo (USP), dentre outros pesquisadores.
O INCT
Criado em 2008, o programa é acompanhado diretamente pela Casa Civil e engloba grandes projetos de pesquisa de temáticas complexas e estruturados em subprojetos, muitos dos quais descentralizados nos diferentes laboratórios e centros que integram a rede de pesquisa. O INCT contempla institutos formados por uma instituição sede com excelência em produção científica e/ou tecnológica, alta qualificação na formação de recursos humanos e com capacidade de alavancar recursos de outras fontes, e por um conjunto de laboratórios ou grupos associados de outras instituições, articulados na forma de redes científico-tecnológicas, com uma área ou tema de atuação bem definidos, em área de fronteira da ciência e da tecnologia ou em áreas estratégicas do Plano de Ação em CT&I.
O Programa, apoiado pelo CNPq e MCTIC, conta, ainda, com a parceria do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Os institutos que participaram do evento foram projetos aprovados em duas chamadas: 3 selecionados pelo Edital 71/2010, que totalizou investimentos da ordem de R$ 39 milhões, e 102 selecionados pelo Edital 16/2014, um investimento total de R$ 660 milhões.
-
Seg, 18 Nov 2019 18:35:00 -0200
Seminário avalia pesquisas em tecnologias sociais
O CNPq recebe, esta semana, coordenadores dos 61 projetos contemplados pela chamada de apoio a pesquisas em tecnologias sociais lançada em 2018, uma parceria entre CNPq, MCTIC e Ministério da Cidadania. A abertura do evento aconteceu nesta segunda, 18. O encontro tem como objetivo acompanhar os resultados já obtidos pelos projetos, avaliar o andamento das pesquisas e trocar experiências.O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) recebe, esta semana, coordenadores dos 61 projetos contemplados pela chamada de apoio a pesquisas em tecnologias sociais lançada em 2018. A abertura do evento aconteceu na sede da agência, em Brasília, nesta segunda, 18. O encontro tem como objetivo acompanhar os resultados já obtidos pelos projetos, avaliar o andamento das pesquisas e trocar experiências.
O Diretor do CNPq, Vilson Rosa de Almeida, ressalta a importância dos encontros de avaliação de projetos, durante a abertura do evento. Foto: Marcelo Gondim/CNPq
Segundo o Diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Vilson Rosa de Almeida, essa iniciativa é importante para alinhar os objetivos das pesquisas apoiadas e maximizar os impactos sócio-econômicos dos projetos. O diretor reforçou que a avaliação dos projetos é uma etapa fundamental para cumprimento da missão do CNPq de fomentar pesquisas estratégicas para o país.
A Coordenadora-Geral de Tecnologias para Programas de Desenvolvimento Sustentável e Sociais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Sônia da Costa, ressaltou a importância de pensar a ciência e a tecnologia como estímulo da geração de emprego e renda e inclusão social.
Durante o evento, os projetos serão avaliados a partir de três linhas de atuação: Desenvolvimento Ambiental, Desenvolvimento Econômico Social e Desenvolvimento Rural. Além disso, estão expostos, no hall do CNPq, pôsteres e produtos resultantes das pesquisas desenvolvidas.
Ao final do evento, será elaborada a "Carta de Brasília em Tecnologia Social", que apontará parâmetros para o financiamento de pesquisas em chamadas futuras de apoio ao desenvolvimento de tecnologias sociais no país, com a perspectiva de participação das comunidades envolvidas nas ações. Segundo Sonia da Costa, o objetivo é que os participantes dos projetos "não sejam apenas beneficiários, mas co-autores da iniciativa".
Estiveram presentes na abertura do evento, ainda, a Diretora de Parcerias do Ministério da Cidadania, Fátima Regina Francischinelli; e a Diretora Substituta de Engenharias, Ciências Exatas Humanas e Sociais do CNPq, Kristiane Mattar Accetti Holanda.
A Chamada
Lançada em agosto de 2018, a chamada foi uma parceria do CNPq, MCTIC e Ministério da Cidadania e selecionou projetos de desenvolvimento, reaplicação, aperfeiçoamento, e avaliação de Tecnologias Sociais que promovessem geração de renda, inclusão no mundo do trabalho e autonomia econômica das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e que atendessem aos requisitos de simplicidade, fácil aplicabilidade, reaplicabilidade, efetivo impacto e repercussão social. Além disso, os projetos deveriam estar relacionados a um ou mais de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Dentro os projetos apoiados, estão iniciativas de saneamento alternativo para comunidades rurais amazônicas; reuso de água para produção agrícola em assentamentos do sermiárido nordestino; redução de vulnerabilidade de comunidades em áreas susceptíveis à desertificação; agregação de valor ao produto e geração de renda aos pescadores do Rio Uruguai, elaboração de modelo de cooperativas de prestação de serviços autônomos; agroecologia; compostagem de resíduos sólidos de baixo custo; economia solidária e agroecologia para ações em comunidades de dependentes químicos; tecnologias sociais para proteção à biodiversidade; entre outros.
-
Ter, 30 Abr 2013 15:46:00 -0300
Evento reúne especialistas em doenças cardiovasculares nesta quinta-feira (2)
INCT Nanobiofar promoverá debate sobre novas possibilidades de prevenção e tratamento;
Entre os dias 2 e 5 de maio, a cidade de Belo Horizonte sediará o IX Simpósio Internacional em Peptídeos Vasoativos, direcionado aos profissionais da área da saúde. O evento visa apresentar tópicos associados, principalmente, à ação de peptídeos na prevenção e no tratamento de doenças cardíacas e metabólicas, além de abordar mecanismos moleculares relacionados.
Íntegra a programação, a apresentação de painéis com cerca de 40 palestrantes de dez países diferentes. Os painéis fomentam a troca de informações e o debate sobre pesquisas referentes ao funcionamento do sistema renina-angiotensina, o mais importante regulador hormonal do sistema cardiovascular que atua nos rins, no coração e na corrente sanguínea.
O evento é organizado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanobiofarmacêutica (INCT Nanobiofar), em parceria com o Laboratório de Hipertensão do Departamento de Fisiologia e Biofísica e o Programa de Pós-graduação em Fisiologia e Farmacologia, ambos vinculados ao Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O simpósio será realizado no Ouro Minas Palace Hotel, localizado na capital mineira. Acesse a programação preliminar, a relação dos palestrantes e informações adicionais no site www.vasoactivepeptides2013.com
Nova descoberta - Durante o evento será apresentada uma nova descoberta baseada nos projetos de pesquisa da equipe do INCT Nanobiofar. A identificação de um componente inédito no sistema renina-angiotensina. O peptídeo alamandina produz vasodilatação e outros efeitos cardioprotetores semelhantes aos produzidos pela angiotensina-(1-7), porém via um novo receptor – proteína presente na membrana das células à qual o peptídeo se conecta, desencadeando uma série de reações no interior da célula –, o MrgD.
A descoberta é fruto de estudos iniciados em 2008 e conta com resultados promissores nos testes preliminares, demonstrando a função anti-hipertensiva e antifibrótica do peptídeo. “O próximo passo é a realização de ensaios clínicos para avaliar os efeitos da fórmula em humanos. Caso a eficácia da substância seja comprovada, a expectativa é que as propriedades terapêuticas da alamandina possam ser somadas às da angiotensina-(1-7), potencializando o tratamento de doenças como diabetes e hipertensão”, explica o professor da UFMG e coordenador do INCT Nanobiofar, Robson Santos.
Um dos próximos passos previsto pela equipe de pesquisa é a submissão do protocolo de testes para aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vinculada ao Ministério da Saúde (MS), do Comitê de Ética em Pesquisa (Coep), da universidade e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os resultados já foram publicados na revista Circulation Research. Leia artigo aqui.
Serviço:
IX International Symposium on Vasoactive Peptides
Data: 2 a 5 de maio
Local do evento: Ouro Minas Palace Hotel – Belo Horizonte
Inscrições e informações pelo site www.vasoactivepeptides2013.com
-
Seg, 29 Abr 2013 20:17:00 -0300
Comitê debate modelos de avaliação e novo edital para INCTs
Nesta segunda-feira (29), o Comitê de Coordenação do Programa INCT realizou sua oitava reunião na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), em Brasília. Entre os principais temas em debate estiveram os modelos de avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), o formato do seminário destinado a apresentação de resultados, os critérios preliminares para o possível lançamento de um novo edital para composição de novos INCTs e a apresentação de resultados apurados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI).
Segundo o presidente do comitê e secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, a definição sobre os procedimentos de avaliação no mês de julho devem ser pautadas pela perspectiva de abrangência dos trabalhos já iniciados nos institutos, considerando sua consolidação e os novos instrumentos disponíveis. “O momento é decisivo para a continuidade adequada do programa. Hoje, além das parcerias já estabelecidas pelos próprios INCTs, temos o Programa Inova Empresa e a possibilidade de uma articulação sistêmica se envolvermos uma entidade de representação do setor privado no âmbito nacional ou regional”.
Elias ainda destacou que após a aprovação e liberação do orçamento do governo federal destinado aos órgãos do executivo para 2013, que deverá ser concluído nos próximos dias, serão dois os programas com prioridade no repasse: os INCTs e as subvenções econômicas ligadas ao MCTI.
Em paralelo, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, sinalizou durante a reunião que apenas as Fundações de Amparo à Pesquisa dos estados da união já se comprometeram até o momento em investir cerca de R$ 250 milhões no programa, caso seja renovado. “Um programa como esse necessita de uma avaliação conclusiva sobre o potencial de abrangência desta iniciativa. Para isso devemos nos cercar de todos os instrumentos disponíveis para a continuidade, e quem sabe, sua ampliação”.
Nenhum modelo de avaliação foi ratificado pelo comitê até o momento. A única questão já definida é que o seminário será utilizado como parte desta conclusão sobre os resultados alcançados pelos institutos nos cinco anos de vigência dos contratos com o CNPq, parte deles iniciados em dezembro de 2008.
O seminário dos INCTs será realizado entre os dias 01 e 04 de julho deste ano, em local ainda a ser confirmado. A proposta inicial sobre a formatação do evento inclui espaços para exposição dos resultados e simpósios divididos por grupos temáticos. Foi mencionada a participação de consultores indicados pelos mentores do programa e empresários, que participariam da avaliação dos INCTs.
O diretor de Cooperação Institucional do CNPq, Manoel Barral, destacou que os estandes dos INCTs devem ser padronizados no evento deste ano e há a possibilidade da entrega de uma premiação durante a cerimônia de abertura. “Esta padronização seria interessante para igualarmos o espaço destinado aos institutos e a possibilidade de que todos tenham as mesmas condições para apresentar seus trabalhos. Assim ficariam preocupados apenas em expor seus conteúdos e resultados para a sociedade”, disse. “Estamos avaliando ainda a possibilidade de entregarmos o Prêmio Almirante Álvaro Alberto neste evento”, finalizou.
Resultados – Ao final da reunião, o CGEE apresentou indicadores obtidos junto aos INCTs e que servem de parâmetro para a possível continuidade do programa. Segundo avaliação, os principais objetivos do programa pontuados pelos próprios institutos são: avanço do conhecimento; formação de redes de trabalho em conjunto; transferência de conhecimento para a sociedade, avanço da competência e internacionalização.
Outro fator importante detectado pelo levantamento do CGEE é que 69 INCTs efetivaram parcerias até o momento em modalidades como pesquisa, desenvolvimento de produtos e processos, transferência de conhecimento, apoio financeiro e capacitação. No total, 256 empresas oficializaram parcerias com esses institutos. As áreas mais beneficiadas com esta interação foram: nanotecnologia (67), exatas (43), energia (42), saúde (36) e engenharias e TICs (21).
Coordenação de Comunicação Social
-
Seg, 29 Abr 2013 14:26:00 -0300
INCT Inofar é tema de matéria no Globo Universidade
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (Inofar) e sua proposta central de produzir inovação radical através de projetos de pesquisas destinados à descoberta de novos fármacos foi tema de matéria no Programa Globo Universidade, da Rede Globo de Televisão, apresentada no último dia 20 de abril.
No primeiro bloco, apresentadora e repórter abordam quais são as funções dos remédios, apresentam especificidades da produção brasileira, que até pouco tempo só possuía capacidade de produzir incrementos nas fórmulas originais, e fala sobre o início da produção de princípios ativos dos medicamentos no país. Em síntese, as diferenças entre inovação radical e incremental são abordadas durante entrevista com o coordenador do INCT, Eliezer Barreiro.
A matéria informa que o responsável pelos projetos de pesquisa é o Inofar, localizado no Centro de Ciência da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consolidado no Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (Lassbio). A repórter explica que o INCT é formado por uma rede de quase uma centena de pesquisadores distribuídos por 34 grupos espalhados pelo país. Ela ressalta que a rede possui um objetivo central, “inovar para curar doenças”.
Roberto Takashi, professor da UFRJ, recomenda aos estudantes interessados na produção de novos fármacos quais são os cursos de graduação voltados para a área. Beatriz Junqueira, aluna da UFRJ, que desenvolve uma etapa das pesquisas no instituto, e Patrícia Silva, pesquisadora da Fiocruz, dão depoimento sobre seu envolvimento nos projetos, e explicações sobre a doença Silicose e o trabalho em parceria com o INCT, respectivamente.
INCT Inofar - O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar), tem como metas principais articular, organizadamente, as competências nacionais existentes e situadas nos diferentes estágios desta intrincada cadeia de inovação. O Inofar pretende avançar na cadeia de inovação em fármacos e medicamentos.
No âmbito deste INCT também são estudados outros compostos promissores descobertos nas áreas do sistema cardiovascular (SCV), sistema nervoso central (SNC), da quimioterapia de doenças negligenciadas, da inflamação e da dor, logrando-se a identificação de protótipos cardioativos, antipsicóticos, leishmanicidas, antiinflamatórios e analgésicos não opióides, visando atingir a fase pré-clínica.
Site do INCT Inofar: www.inct-inofar.ccs.ufrj.br/
Assista o Programa Globo Universidade – Fármacos.
Coordenação de Comunicação Social
-
Sex, 26 Abr 2013 15:41:00 -0300
Parceria entre Brasil e França concede bolsas de doutorado pleno pelo Cifre
Já estão abertas as inscrições para concessão de bolsas de doutorado pleno para brasileiros na França. A nova parceria foi firmada pelo Convênio Industrial de Formação através da Pesquisa (Cifre), entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a ANRT, agência de fomento à pesquisa e inovação do Ministério do Ensino Superior e da Pesquisa da França.
A chamada destina-se a formar doutores no exterior em instituições francesas de reconhecido nível de excelência, em áreas do conhecimento consideradas de vanguarda científico-tecnológica.
Este modelo de doutorado industrial, já executado há alguns anos pela França, traz uma novidade na modalidade que alia o laboratório às empresas. No caso desta nova bolsa, o aluno de doutorado faz o curso vinculado a uma empresa e em um tema de inovação que tem direta aplicação para a instituição. Desta forma, o bolsista dividirá seu período de doutoramento entre a pesquisa em laboratório e em empresas.
A bolsa terá duração de até 36 meses e o candidato precisa ter a nacionalidade brasileira e ter obtido seu diploma de mestrado há menos de três anos da data de submissão de sua candidatura. Além disso, é necessário possuir comprovante de idioma das Alianças Francesas ou documentação de que já morou ou estudou na França que possam comprovar a proficiência no idioma requerido.
Para o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, a França tem tido uma experiência muito interessante por meio desta modalidade de doutorado. “É um modelo inovador, que nós queremos explorar. É uma experiência muito importante para o Brasil que tem, por meio do Programa Ciência sem Fronteiras, do CNPq e de todos os envolvidos, a missão de sinalizar para os nossos jovens e pesquisadores que a sua qualificação, sua formação voltada para inovação, para o empreendedorismo, e para a criação de valor e riqueza é realmente o pano de fundo e o que motiva o Brasil a investir nestas parcerias”, destaca o presidente.
Ao falar da nova parceria, o embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, afirmou estar muito orgulhoso de ser parceiro do Brasil nesse desafio de formação na pesquisa e inovação. "É uma honra poder compartilhar um instrumento que permite à França, há mais de 30 anos, desenvolver a pesquisa e inovação em suas empresas e formar mais de 3 mil pesquisadores franceses, que é o Programa Cifre", ressalta o embaixador.
Os candidatos vão submeter sua proposta exclusivamente ao CNPq por meio de formulário eletrônico disponível no portal do Ciência sem Fronteiras (www.cienciasemfronteiras.gov.br). Para mais informações, acesse a chamada pública.
Coordenação de Comunicação Social
-
Qui, 25 Abr 2013 13:56:00 -0300
Brasil e Índia lançam chamadas voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia da Índia, pelos departamentos de Ciência e Tecnologia (DST) e de Biotecnologia (DBT), lançaram na última segunda-feira (22), duas chamadas públicas destinadas ao apoio do desenvolvimento científico e tecnológico dos dois países.
O conteúdo das chamadas CNPq N º 12/2013 - Cooperação MCTI-CNPq/DBT (Índia) e Nº13/2012 - Cooperação MCTI-CNPq/DST (Índia) pode ser consultado na da página do CNPq. Os períodos de inscrições para interessados em apresentar projetos conjuntos com pesquisadores indianos, terminam nos dias 22 de julho e 19 de julho de 2013, respectivamente. O prazo máximo para a execução dos projetos nas duas chamadas é de 36 meses.
Segundo o analista em ciência e tecnologia da Cooperação Internacional do CNPq, Flávio Velame, as chamadas ganham destaque pelo montante de recursos destinado ao fomento das propostas. “Este é sem dúvida um dos maiores volumes de recursos já empregados em chamadas públicas conjuntas”, destaca.
“A iniciativa de Brasil e Índia ganha importância devido ao potencial das comunidades científicas dos dois países, o que potencializa esta e outras parcerias que venham a serem estabelecidas. Isso proporciona um intercâmbio de conhecimento em alto nível e cria a perspectiva do acolhimento de propostas de excelente qualidade”, finaliza Velame.
As duas chamadas possibilitam concessão de cotas de Bolsas Doutorado-Sanduíche no Exterior (SWE), Pós-Doutorado no Exterior (PDE), Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Júnior (DEJ) e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Sênior (DES), conforme normas específicas de cada modalidade.
Chamada CNPq N º 12/2013 - Cooperação MCTI-CNPq/DBT (Índia) - Esta chamada é voltada ao apoio de projetos conjuntos que envolvam os temas: Biotecnologia e Saúde, especialmente produtos Biotecnológicos; e Agricultura, incluindo Bioenergia.
O total de recursos destinado para esta chamada é de R$ 1.4 milhão, sendo que R$ 900 mil são oriundos do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), e R$ 500 mil dos Fundos Setoriais, coordenados pelo MCTI. Cada proposta poderá ser contemplada com o financiamento de até R$ 400 mil, do recurso brasileiro.
Chamada Nº13/2012 - Cooperação MCTI-CNPq/DST (Índia) - Já a segunda chamada é voltada ao apoio deprojetos conjuntos que envolvam os temas: Tecnologias da Informação e Computação; Geociências, incluindo Oceanografia e Mudanças Climáticas; Engenharia, Ciência dos Materiais e Nanotecnologia; Ciências da Saúde e Biomédicas; Matemática; e Energias Renováveis, Eficiência Energética, e Tecnologias de Baixo Carbono.
O total de recursos destinado é de R$ 6.7 milhões, sendo R$ 4.7 milhões do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e R$ 2 milhões dos Fundos Setoriais. Cada proposta poderá ser financiada no valor máximo de até R$ 400 mil, do recurso brasileiro.
Para mais detalhes, acesse os regulamentos nos links indicados acima.
Coordenação de Comunicação social
-
Qui, 25 Abr 2013 13:51:00 -0300
Ciência sem Fronteiras deve superar o total de 45 mil bolsas concedidas este ano
Principal programa do governo federal de mobilidade acadêmica no exterior, o Ciência sem Fronteiras atingiu o expressivo número de 41.133 bolsas de estudos concedidas desde sua criação, em 2011. Desse total, 23.851 estudantes foram aprovados no ano passado, sendo que mais de 19 mil já estão no exterior. Outros 17.282 candidatos foram selecionados em chamadas este ano.
Este número ainda não está fechado, já que há chamadas abertas para China, Irlanda, Áustria, Bélgica e Finlândia, que só encerram o prazo de inscrição em maio. Com isso, o total deste ano deve ultrapassar a meta de 45 mil bolsas. A previsão é de que novos editais sejam anunciados no segundo semestre deste ano.
“O Ciência sem Fronteiras é um programa de impacto político, acadêmico, econômico”, salientou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Ele observou que, desde a sua criação, o programa superou todas as metas estabelecidas. “A demanda é fortíssima, pois a marca do Ciência sem Fronteiras é muito forte e bastante reconhecida internacionalmente”, completou.
Criado com a meta de oferecer 101 mil bolsas de estudo no exterior, o Ciência sem Fronteiras já mantém parcerias em 35 países. O objetivo do governo federal é promover o avanço da ciência, tecnologia, inovação e competitividade industrial por meio da expansão da mobilidade internacional. O governo federal também mantém parcerias com instituições e empresas como Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Petrobras, Eletrobras e Vale, que apoiam o programa.
Até o momento, os destinos mais procurados pelos estudantes para o intercâmbio acadêmico foram: EUA, Portugal, França e Espanha.
Veja apresentação do ministro sobre o programa Ciência sem Fronteiras
Texto:Paula Filizola (ASCOM do Ministério da Educação)
-
Qua, 24 Abr 2013 15:09:00 -0300
Programa concede bolsas de pesquisa para projetos de jovens doutoras
Iniciativa da L’Oréal Brasil em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Comissão Nacional da UNESCO (IBECC), o programa Para Mulheres na Ciência selecionará sete projetos de pesquisa para a concessão de bolsas-auxílio. A iniciativa visa apoiar projetos científicos de alto mérito, a serem desenvolvidos durante 12 meses, por pesquisadoras brasileiras em instituições nacionais.
O valor de cada bolsa-auxílio concedida será de US$ 20 mil, convertidos em reais, para aplicação em 12 meses. As bolsas serão atribuídas às áreas de Ciências Físicas (1), Ciências Biomédicas, Biológicas e da Saúde (4), Ciências Matemáticas (1), e Ciências Químicas (1). As inscrições poderão ser efetuadas até o dia 13 de maio.As bolsas são destinadas a pesquisadoras que tenham concluído o doutorado a partir de 01 de janeiro de 2007. As candidatas deverão ter cadastro atualizado na Plataforma Lattes do CNPq. Para efetivar um projeto, basta acessar o Formulário de Inscrição Eletrônico disponível no site www.abc.org.br/loreal.
O resultado será divulgado até o mês de agosto deste ano. As bolsas serão entregues às pesquisadoras selecionadas, no mês de setembro de 2013, durante cerimônia em local e data a serem definidos.
O Programa Para Mulheres na Ciência tem como missão, ceder espaço e apoio à participação das mulheres brasileiras no cenário científico do país, ao laurear o trabalho de sete jovens pesquisadoras com uma bolsa-auxílio Grant, no valor equivalente a vinte mil dólares.Coordenação de Comunicação Social(Com informações da L’Oréal Brasil - http://loreal.abc.org.br/)
-
Ter, 23 Abr 2013 16:43:00 -0300
Nota sobre matéria publicada no jornal Folha de São Paulo
Em relação à matéria “Governo maquia dados de bolsa de estudo no exterior”, publicada no jornal Folha de São Paulo, nesta terça-feira (23/04), o CNPq informa que o jornalista fez uma leitura equivocada dos fatos relativos ao processo de seleção para estudantes de pós-graduação no exterior pelo Programa Ciência sem Fronteiras. Dessa forma, esclarecemos:
1. O Programa Ciência sem Fronteiras, na pós-graduação (doutorado-sanduíche ou pleno e pós-doutorado no exterior), utiliza diferentes formas de entrada das solicitações pelos candidatos:
a. Chamada pública para todas as áreas estratégicas do Programa Ciência sem Fronteiras, que estão abertas continuamente e são amplamente divulgadas no portal do programa CsF, com três cronogramas anuais de julgamento. Neste caso, a avaliação dos candidatos inclui pareceres ad-hoc por especialistas na área e uma avaliação de peer-review por comitês presenciais constituídos por membros destacados da comunidade científica. Esta avaliação, assim como as citadas abaixo, considera o projeto de pesquisa proposto, o histórico acadêmico do candidato, a qualidade do grupo de pesquisa de destino, a aprovação prévia pelo orientador no Brasil e no exterior e o comprovante de proficiência no idioma requerido pelo programa no país de destino, além do comprovante de aceitação no programa no exterior, no caso das bolsas de doutorado pleno.
b. Chamadas públicas tradicionais das agências. O CNPq e a CAPES mantêm, há décadas, chamadas anuais para candidatos a bolsas no exterior em todas as áreas do conhecimento. Os critérios de inscrição e avaliação são idênticos aos citados no item a, acima, e os valores das bolsas e benefícios são os mesmos para todos os bolsistas no exterior das duas agências. Nos casos de candidatos aprovados pelos procedimentos acima nas chamadas tradicionais, e cuja área de estudos e pesquisa se enquadram nas áreas estratégicas do programa Ciência sem Fronteiras, suas bolsas são concedidas com os recursos específicos do Programa CsF, permitindo assim a ampliação do atendimento qualificado no programa tradicional para as áreas não contempladas no programa CsF. Não por outra razão temos observado significativo aumento no numero de bolsas de pós-graduação no exterior concedidas nos programas tradicionais para a área das Ciências Humanas.
c. Chamadas específicas no âmbito de acordos de cooperação estabelecidos pelas agências com parceiros internacionais. Nestes casos, temos anunciado no portal do Programa CsF diversas chamadas para bolsas em programas específicos e aderentes às áreas prioritárias, como as chamadas públicas em parceria com o Structural Genomics Consortium-SGC (Reino Unido), CISB/SAAB (Suécia), CIFRE (França), LASPAU (Estados Unidos), Glaxo Smith Kline – GSK (Reino Unido), National Institutes of Health – NIH (Estados Unidos), Center for Diseases Control – CDC (Estados Unidos), University of Manchester (Reino Unido), CNPq/UNESCO/Hidroex (Holanda), British Gas (BG, Reino Unido) entre outras. Em todos os casos os procedimentos de avaliação do mérito das propostas é o mesmo, envolvendo todas as etapas descritas no item a) acima.
d. Cotas de Bolsas de Doutorado-sanduíche atribuídas aos Programas de Pós-graduação nas áreas aderentes ao CsF. Historicamente a CAPES atribui cotas de bolsas de doutorado-sanduiche no exterior aos programas de pós-graduação bem avaliados nas universidades brasileiras, os quais realizam periodicamente chamadas internas para a pré-seleção dos candidatos, os quais devem ser subsequentemente homologados pelas agências que verificam o atendimento dos critérios de mérito.e. Cotas de Bolsas de Doutorado-sanduiche e pleno atribuídas ao Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), que são apoiados pelo CNPq. Estes institutos de excelência já mantem intensa colaboração internacional e são desta forma estimulados a envolver os estudantes a eles vinculados para participar de programas de pós-graduação no exterior. Da mesma forma, os alunos indicados pelos INCTs devem ter suas inscrições homologadas pelo CNPq mediante avaliação com os mesmos critérios elencados no item a).
f. Estimulo a áreas prioritárias com demanda espontânea ainda deficiente. Algumas áreas prioritárias do Programa CsF tem observado baixa demanda espontânea pelos candidatos, como Defesa e as áreas Nuclear e Espacial. Nestes casos as agências tem formado grupos de trabalho com representantes das instituições que atuam nestes setores, como Ministério da Defesa, INPE, Agencia Espacial Brasileira, ITA e DCTA, CNEN, IPEN, entre outros, para estabelecer chamadas específicas para estas áreas, com intenso trabalho pró-ativo para atração de bons candidatos e identificação de projetos e grupos de pesquisa no exterior que poderiam recebe-los. Também nestes casos, os candidatos indicados são submetidos a homologação pelas agências mediante avaliação com mesmos critérios elencados no item a).As variadas formas de entrada ao Programa Ciência sem Fronteiras na pós-graduação estão vigentes desde o inicio do programa e concorrem para o mesmo objetivo de estimular e atrair bons candidatos para a formação pós-graduada no exterior, nas áreas estratégicas do Programa.
É importante ressaltar que não há qualquer forma de dupla contagem de candidatos, ou seja, uma vez que os candidatos foram selecionados com o mesmo rigor por qualquer uma das entradas do Programa Ciência sem Fronteiras, eles são mantidos com os recursos específicos do programa CsF e somente aparecem na lista das bolsas implementadas quando recebem a primeira mensalidade.
Todos os estudantes pós-graduados do Brasil necessariamente estão inscritos no CV-Lattes, referenciados univocamente pelo seu CPF, e não podem ter duas bolsas concedidas pelas agencias CAPES e CNPq, embora não haja impedimento para inscrição em diferentes chamadas.
Mais uma vez o CNPq, que em nenhum momento foi procurado pelo jornalista responsável pela matéria, lamenta que o Jornal se utilize de informações verídicas (as diferentes formas de atração de pós-graduandos para a formação no exterior) e dê a eles interpretação totalmente equivocada e tendenciosa, classificando-as de “maquiagem”.
É surpreendente que um Programa de excelência e de grande impacto nacional e internacional como universalmente atestado pelos bolsistas, parceiros, empresas e imprensa internacional, seja tão superficialmente analisado por alguns órgãos da imprensa nacional, inclusive negando às agências o direito de resposta a reportagens equivocadas que insistem em tentar denegrir o Programa Ciência sem Fronteiras, com o objetivo claro de atingir as lideranças desta iniciativa de sucesso. Não se importam se neste processo estão prejudicando os milhares de estudantes brilhantes que estão tendo uma oportunidade como nunca antes a eles oferecida. Com a palavra, a comunidade!!!
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
-
Ter, 23 Abr 2013 11:10:00 -0300
Mestrados crescem 11 por cento ao ano no Brasil
O número de títulos de mestrado concedidos no Brasil cresce em média 11% ao ano no Brasil. Em 14 anos, o quantitativo de novos mestres quase quadruplicou: passou de 10.389, em 1996, para 38.800, em 2009, um acumulado de 273,5% de crescimento. É o que mostra estudo lançado nesta segunda-feira (22), em Brasília, pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A publicação Mestres 2012: Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira buscou aprofundar os conhecimentos sobre formação, emprego e características demográficas dos mestres brasileiros. Apresenta um amplo conjunto de estatísticas geradas a partir do cruzamento das bases de dados do Coleta Capes – 1996-2009 (Capes), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2009 (MTE) e do Censo Demográfico 2010 (IBGE).
Entre os aspectos positivos, o presidente do CGEE, Mariano Laplane, destacou a velocidade e a capacidade do sistema em atender as demandas da sociedade e da economia, com a criação de cursos de mestrado em diversas áreas, inclusive, com novas modalidades, como o mestrado profissional. Ele também ressaltou o fato de essa formação estar se estendendo para outras regiões do país fora do circuito Sudeste e Sul. “Estamos abrindo o leque, isso é muito importante”, avaliou.
No período 1996-2009, apenas o Sudeste, que possuía mais de 62% do total de programas de mestrado no início, cresceu menos do que a média brasileira. O crescimento dessa região nos 14 anos avaliados, de 82%, foi muito menor do que a média nacional, que foi de 126%. As demais regiões apresentaram taxas de crescimento significativamente mais elevadas: Nordeste, 179%; Sul, 184%; Centro-Oeste, 233%; e Norte, 341%.
Políticas de expansão - Na avaliação do consultor do trabalho, Eduardo Viotti, o aumento do número de mestres no país é resultado de políticas adotadas pela expansão da pós-graduação, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), aliado ao fenômeno do crescimento significativo da oferta de cursos pelas universidades particulares. Em 1996, essas instituições foram responsáveis por apenas 13,3% dos títulos de mestrado. Em 2009, elas já respondiam por 22,4% do total.
“É verdade que estas instituições se dedicam mais a determinadas áreas do conhecimento, especialmente as áreas sociais e humanas, e pouco a áreas como as engenharias, a física e a matemática”, comentou Viotti. “Mas é uma contribuição muito importante.”
O levantamento é uma extensão da publicação Doutores 2010, lançada durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O processo envolveu a Coordenação-Geral de Indicadores do MCTI e o CNPq.
“É um trabalho muito rico e importante, que nos permite trabalhar no perfil e na formação dos novos mestres e de acordo com a necessidade do país, como uma ferramenta de fortalecimento de políticas públicas”, afirmou a representante da Secretaria Executiva do MCTI, Ana Lúcia Assad, na solenidade de lançamento. O evento teve a participação do presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, e do diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, Paulo Beirão. Leia mais.
Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI
-
Seg, 22 Abr 2013 16:15:00 -0300
Nota sobre matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo
Em relação a matéria “Aluno brasileiro na Espanha custa 33% mais para governo que para família”, publicada no jornal O Estado de São Paulo, nesta segunda-feira (22/04), o CNPq informa que o jornalista desconsiderou informações relevantes para o correto entendimento dos leitores, fornecidas pelo CNPq sobre o Programa CsF na Espanha em 18 e 19/4, em resposta a perguntas enviadas pelo jornal. Dessa forma, esclarecemos:
· A notícia ignorou a informação de que o acordo do programa Ciência sem Fronteiras com a Espanha foi feito por meio da Fundación Universidad.es, que realiza as seguintes atividades essenciais para o Programa:
1. Identifica as vagas disponíveis para o Programa CsF nas Universidades espanholas, classificando-as por curso, especialidade e qualidade da Universidade de destino;
2. Com base na lista de candidatos pré-selecionados pelo CNPq, a Fundación comunica aos bolsistas para que se inscrevam no site especialmente criado pela U.es para o Programa Ciência sem Fronteiras na Espanha (http://www.csf-espanha.es/);
3. Os bolsistas escolhem 3 cursos entre os disponíveis em cada chamada, em ordem decrescente de preferência
4. Para cada curso que o aluno escolhe, o sistema da Fundación abre janelas que permitem localizar as universidades que oferecem os cursos;
5. Os alunos são selecionados no sistema da Fundación, considerando a sua colocação na pré-seleção do CNPq, suas qualificações acadêmicas e de acordo com as exigências de cada uma das universidades espanholas;
6. A Fundación providencia a emissão de todas as cartas de aceite das instituições para cada aluno, necessárias para a emissão do visto no Brasil, e as envia diretamente aos candidatos;
7. Uma vez aceito o estudante, a Fundación Universidad.es contrata o seguro-saúde obrigatório, no valor de EUR 420, bem abaixo do valor de EUR 1080 que o CNPq repassaria diretamente aos estudantes para esta finalidade, se os mesmos contratassem o próprio seguro, o que representa uma economia de EUR 660;
8. A U.es realiza os pagamentos individuais das taxas acadêmicas de todos os alunos na Espanha, o que reduz drasticamente os custos operacionais que o CNPq teria se tivesse que pagar as taxas separadamente a cada Universidade espanhola, para todos os estudantes na Espanha (são cerca de 2100 apenas no primeiro ano do programa CsF);
9. Durante toda a estadia dos estudantes na Espanha a U.es oferece apoio operacional e acompanhamento, especialmente nos casos de problemas imprevistos, em coordenação com as universidades;
10. As universidades espanholas designam um tutor para acompanhar os alunos, que também tem a prerrogativa de se comunicar diretamente com a Fundación U.es, em caso de necessidades.
· O valor acordado pelo pacote completo por aluno é de EUR 2400, o que inclui as taxas escolares e todo o complexo trabalho realizado pela Fundación universidad.es descrito acima. O valor do seguro saúde (EUR 420) é pago separadamente à U.es, totalizando EUR 2820, portanto abaixo do valor que seria pago por um estudante isolado, (EUR 1800 de taxas acadêmicas mais EUR 1080 de seguro saúde)
· Em relação à reciprocidade, o texto publicado também não corresponde a íntegra da resposta enviada, tendo sido editado e suprimido pelo jornal. A frase “não há reciprocidade no envio de estudantes”, inserida entre aspas, não existe na resposta enviada pelo CNPq, como se segue: “A isenção de taxas para estudantes ocorre mediante acordo de reciprocidade, ou seja, quando há envio de brasileiros para universidade na Espanha e o recebimento de alunos espanhóis por universidade brasileira parceira. No caso do CsF, não há essa reciprocidade pelo fato de estarem indo muitos alunos de graduação brasileiros para a Espanha sem a vinda do mesmo quantitativo de alunos espanhóis para o Brasil.”
O CNPq lamenta que o Jornal não tenha considerado as respostas enviadas no prazo estipulado, resultando em reportagem que não informa adequadamente os leitores sobre a excelência acadêmica e de gestão do Programa Ciência sem Fronteiras, como atestado pelos bolsistas, parceiros e imprensa internacional.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)